No dia 26 de abril de 1981, nascia Mariana Ximenes, atriz e produtora que se tornou um dos rostos mais populares da TV nos últimos 20 anos. Estreou na TV com apenas 17 anos em “Fascinação” (1998), novela de Walcyr Carrasco exibida pelo SBT.
Logo migrou para a Globo, onde é contratada até hoje. Sua trajetória no canal começou com pequenos papéis no programa “Você Decide” e no seriado “Sandy e Júnior”. Sua primeira novela no canal foi “Andando nas Nuvens” (1999), onde viveu a noviça Celi, uma das filhas do protagonista vivido por ninguém menos que Marco Nanini.
Não demorou para surgirem oportunidades de mostrar seus talentos na comédia (como em “Uga Uga”, de 2000) quanto no drama (em “A Padroeira”, de 2001, repetindo sua parceria com Walcyr Carrasco), mostrando que uma carreira de muito sucesso estava prestes a começar. Chamando a atenção de vários autores e diretores, Mariana ganhou a chance de interpretar papéis inesquecíveis. Nessa data tão simbólica e especial, relembre neste texto os personagens de maior sucesso de Mariana na TV!
Rosário – “A Casa das Sete Mulheres” (2003)
Em 2003, Mariana viveu uma das personagens-título da minissérie “A Casa das Sete Mulheres”, que narrava a Revolução Farroupilha, baseada no livro homônimo de Letícia Wierzchowski, adaptada por Maria Adelaide Amaral e Walther Negrão.
Sob a direção de Jayme Monjardim, Mariana interpretou Rosário, personagem delicada e densa que enlouquece após perder seu grande amor, o capitão Estêvão (Thiago Fragoso). A atuação de Mariana foi tão bem-avaliada pela crítica e pela própria Globo, que não demorou muito para que ela ganhasse de presente sua primeira protagonista.
Ana Francisca – “Chocolate com Pimenta” (2003)
Repetindo pela terceira vez sua parceria com Walcyr Carrasco, Mariana viveu, com muita segurança, a heroína romântica desta comédia de grande sucesso, lembrada com muito carinho pelo público até hoje.
Reprisada recentemente pelo canal VIVA, “Chocolate” contava a história de Ana Francisca, a Aninha, jovem humilde que leva um banho de tinta verde no baile de formatura (numa cena que ficou pra história da TV) e, após passar sete anos longe da fictícia cidade de Ventura, retornava para se vingar de todos que a humilharam, o que inclui seu grande amor, o rico e irresponsável Danilo (Murilo Benício), com quem vive um romance cheio de desencontros e mal-entendidos.
Raíssa – “América” (2005)
Jayme Monjardim dirigiu os primeiros capítulos desta novela de Glória Perez, repetindo a parceria com todas as protagonistas de “A Casa das Sete Mulheres”, incluindo Mariana.
Inicialmente considerada para viver a protagonista Sol (o papel ficou com Deborah Secco), Mariana ganhou outro presente: Raíssa, jovem de classe média alta que se revolta quando sua melhor amiga, Lurdinha (Cleo Pires), causa a separação de seus pais, Glauco (Edson Celulari) e Haydée (Christiane Torloni).
Estudiosa e bem-comportada, Raíssa causa grandes transtornos à família quando conhece o mundo do funk e passa por uma grande transformação, por dentro e por fora. No ano seguinte, foi protagonista na novela “Cobras e Lagartos” (2006) de João Emanuel Carneiro.
Lara – “A Favorita” (2008)
Neste grande sucesso do horário nobre, Mariana trabalhava mais uma vez com João Emanuel Carneiro, com quem já tinha trabalhado em “Cobras e Lagartos” (2006). Lara tinha alguns traços de Raíssa – rica, rebelde, radical em suas atitudes e em seu visual.
Ela fazia parte do núcleo central da novela, sendo a filha biológica da assassina Flora (Patrícia Pillar), adotada pela grande inimiga desta, Donatela (Cláudia Raia). Lara passa a novela dívida entre as duas mães, sendo vítima de diversas intrigas e manipulações.
É considerada por muitos uma personagem “chata”, mais por culpa do texto do que da atuação de Mariana, que defendeu o papel com muita força, principalmente nos embates que protagonizava com Flora.
Clara – “Passione” (2010)
Depois de tantas personagens “do bem”, Mariana vivia sua primeira vilã, num papel escrito especialmente para ela por Silvio de Abreu, em sua última novela no horário sobre.
Enfermeira, Clara tinha cara de anjo e alma de demônio: ao descobrir que a milionária Bete Gouveia (Fernanda Montenegro) teve um filho que foi arrancado de seus braços, Totó (Tony Ramos), parte para a Itália para seduzi-lo, de olho no dinheiro que ele nem sabe que tem direito.
Com a ajuda de seu cúmplice e amante Fred (Reynaldo Gianechinni), ela se dá bem durante um tempo, mas é desmascarada por Bete. No decorrer da trama, revela-se uma assassina fria e meticulosa, consagrando um dos grandes papéis da sua carreira na TV.
Na última década...
Na década seguinte, Mariana viveu papéis que não a permitiram atingir todo seu potencial, a maioria deles coadjuvantes. Protagonizou o episódio “A Adormecida de Foz do Iguaçu” na série “As Brasileiras” (2012), em que passava muitas cenas dormindo.
Viveu Juliana no malfadado remake de “Guerra dos Sexos” (2012), também de Silvio de Abreu, e a vedete Aurora Lincoln em “Joia Rara” (2013). Voltou a protagonizar uma novela em “Haja Coração” (2016), um remake de “Sassaricando” (1987), escolhida pela própria Cláudia Raia, de quem é grande amiga, para viver a feirante desbocada Tancinha (a novela foi reprisada entre 2020 e 2021, numa edição especial).
Mariana também recebeu muitos elogios pela composição de Adalgisa, sua personagem na minissérie “Seu Eu Fechar os Olhos Agora”, de 2019.
Nos Tempos do Imperador
A pandemia nos impediu de ver Mariana protagonizando mais uma novela. Ela viverá Luísa Margarida de Barros, a Condessa de Barral, em “Nos Tempos do Imperador”, novela das 18h de Thereza Falcão e Alessandro Marson.
Inicialmente programada para março de 2020, a novela só estreará no segundo semestre de 2021, quando estiver completamente gravada. Continuação de “Novo Mundo” (2017), a novela retratará o Brasil no comando de D. Pedro II (Selton Mello), que se apaixonará pela Condessa, mesmo casado com a Imperatriz Teresa Cristina (Letícia Sabatella).
Nós, os fãs, esperamos ansiosamente para finalmente testemunhar mais um trabalho desta grande e jovem atriz, que já se firmou como uma das melhores de sua geração!
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